| 02/01/2002 00h13min
Eduardo Duhalde (Partido Justicialista) é o novo presidente da Argentina. O senador foi escolhido pela Assembléia Legislativa em sessão que ocorreu nesta terça-feira, 1º de janeiro. Ele cumprirá mandato até 2003, quando ocorrerão eleições diretas. Antes de ver a confirmação de seu nome como o novo presidente do país, Duhalde precisou realizar uma séríe de reuniões nesta terça, nas quais buscou apoio de outros partidos e dos governadores das províncias. Ele já antecipou que seu governo terá um "claro cunho peronista" mas deve incorporar membros de outros partidos nos ministérios.
Para eleger o presidente da República, a Assembléia Legislativa precisava garantir um quórum de um terço de cada uma das casas – Câmara dos Deputados, com 257 integrantes, e Senado, com 72 membros. O candidato necessitava de metade e mais um dos votos dos presentes. Duhale foi "eleito" com 262 votos a favor, 21 contra e 18 abstenções. A cerimônia de posse deve ocorrer nesta quarta-feira, na Casa Rosada, sede do governo.
O projeto que empossou o peronista como o novo presidente teve apoio pleno do Partido Justicialista (PJ). A Frepaso (partido de centro-esquerda) e a UCR (União Cívica Radical) também votaram a favor. O partido ARI (Alternativa por uma República de Iguais) e a Frepaso Dissidente se abstiveram e pediram imediatas eleições diretas. A Esquerda Unida votou contra.
Duhalde, 60 anos, é advogado e cumpria o mandato de senador. Iniciou a carreira política em 1973 e foi governador da província de Buenos Aires. Perdeu a disputa presidencial de 1999 para o ex-presidente Fernando De la Rúa e é considerado o grande vencedor individual das eleições de 14 de outubro de 2001, quando conquistou o mandato de senador. Ele rompeu relações com Carlos Menem após o segundo mandato do ex-presidente.
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