| 11/08/2005 17h32min
Depois de cinco meses de ausência, o Banco Central voltou a comprar dólares no mercado à vista e fez a cotação disparar hoje. A moeda norte-americana fechou em alta de 2,89%, cotada a R$ 2,344 na compra e R$ 2,346 na venda. Foi a maior alta percentual diária desde 31 de maio do ano passado. A nova alta do petróleo e o cenário político também contribuíram para a pressão, mas de forma bem mais discreta.
Desde 16 de março que o BC não comprava dólares, dentro do programa de recomposição de reservas. Naquela data, a autoridade monetária havia comprado recursos por R$ 2,749. A taxa de corte na operação desta quinta foi R$ 2,298. Segundo informações das mesas, apenas um banco teria vendido dólares ao BC, e em quantia considerada pequena, de US$ 1 milhão. Na máxima do dia, a cotação de venda chegou a R$ 2,366 (+3,77%).
Para os analistas, o BC pode ter sinalizado que não deseja ver o dólar abaixo de R$ 2,30. Mas a principal dúvida é se a operação vai se repetir, e com qual periodicidade. Se novas compras não acontecerem, a estimativa é de que a cotação volte a ceder.
– As compras do BC são muito mais transparente, mas o mercado achava que o Tesouro Nacional é quem iria comprar dólares. Se essas compras continuarem, pode ser o fim do ciclo de baixas do dólar. Mas o mercado ainda não sabe qual a estratégia do BC, até porque hoje não era o dia mais indicado para comprar – disse Hideaki Iha, da corretora Souza Barros.
As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) foram ajustadas para cima nesta quinta-feira, acompanhando a depreciação do cenário. O Depósito Interfinanceiro (DI) de outubro fechou com taxa de 19,55% ao ano, contra 19,52% do fechamento de quarta-feira. O DI de janeiro de 2006 teve a taxa elevada de 19% para 19,07% anuais. A taxa do DI de janeiro de 2007, o mais negociado, subiu de 17,58% para 17,85% ao ano.
As informações são da Agência O Globo.
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