A produção e vendas de veículos caíram em julho no Brasil em comparação com o mês anterior. Contudo, os números ainda se mantêm acima do patamar alcançado em 2004.

A produção de veículos recuou 6,3% em relação a junho, mas aumentou 7,8% se comparada a igual período de 2004. As vendas no mercado interno caíram 6,6% na comparação com junho e mantiveram alta de 3,7% em relação a igual mês do ano passado. Os dados foram divulgados nesta quinta pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Com esse resultado, a indústria automobilística chegou ao fim de julho com uma produção acumulada no ano de 1,4 milhão de unidades. A quantidade é 14,5% superior à produzida nos sete primeiros meses de 2004. As vendas no mercado interno, medida pelo número de veículos zero quilômetro licenciados, somam 938.872 unidades de janeiro a julho, o que representa alta de 9,6% na comparação com igual período do ano anterior.

Pelo segundo mês consecutivo, as exportações da indústria automobilística diminuíram. A queda em relação a junho foi de 7,8% em número de unidades exportadas (68.737) e de 6,6% no valor obtido, de US$ 940 milhões. Na comparação com julho de 2004, no entanto, o valor das exportações cresceu 25,8%.

De janeiro a julho deste ano o setor exportou 464.677 unidades, 36,2% a mais do que em igual período do ano passado. Em valor, a alta dos sete primeiros meses do ano é de 37,4%, com US$ 6,1 bilhões obtidos com vendas ao exterior.

Pelo terceiro mês seguido, os veículos bicombustíveis tiveram participação de mercado superior à dos movidos à gasolina. Em julho, 58,9% dos carros vendidos no país foram bicombustíveis. Os movidos à gasolina representaram 35,6% do total. Álcool e diesel tiveram participação de 1% e 4,5%, pela ordem.

A indústria automobilística continua contratando. Em julho, o setor aumentou em 2,5% seu quadro de pessoal, que chegou a 107.685 postos de trabalho. Na comparação com julho de 2004, o emprego nas montadoras cresceu 11,2%.

As informações são da Agência O Globo.