| 02/08/2005 09h04min
Adotada com mais vigor nos últimos anos, a renúncia ao mandato é um gesto da esperteza política brasileira. É desta forma que o deputado Chico Alencar (PT-RJ) classifica o afastamento do colega Valdemar Costa Neto (PL-SP), que admitiu ter recebido recursos financeiros irregulares do PT. Em entrevista concedida hoje ao programa Atualidade da Rádio Gaúcha, Alencar comentou as conseqüências deste ato.
– É um gesto comum da esperteza política. Ele (Costa Neto) renuncia ao mandato, sacrifica um ano e meio na expectativa eleitoral para voltar no ano que vem. É uma aposta na falta de memória e na falta de visão crítica do povo, mas também expressa uma confissão de culpa.
O parlamentar defendeu a continuação da investigação no Ministério Público e da Polícia Federal, já que o Congresso estar impedido de fazê-lo. Sobre o depoimento do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, Alencar disse esperar a revelação da verdade. O deputado paulista depõe hoje no Conselho de Ética.
– Se ele renunciar, seria um epílogo muito feio. O eleitorado do PT, em geral, é mais crítico. É natural que ele não renuncie e vá até o fim das investigações – projeta.
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