| 01/08/2005 09h33min
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, foi acusado de envolvimento num suposto caixa dois para financiar a reeleição do prefeito de Londrina, o petista Nedson Micheleti. A denúncia foi feita ao Ministério Público por Soraya Garcia, que garante ter sido assessora financeira do PT na campanha. Bernardo tem base eleitoral em Londrina e é deputado federal licenciado. Segundo Soraya, o partido declarou à Justiça Eleitoral movimentação de R$ 1,3 milhão, mas teria gasto outros R$ 6,5 milhões de caixa dois.
Parte dos recursos que alimentou o caixa dois, afirmou Soraya, foi fornecida por Paulo Bernardo e, em menor quantidade, pelo deputado estadual e presidente do PT paranaense, André Vargas. Os dois já haviam se envolvido em denúncia de caixa dois referente à campanha de 1998, quando Bernardo tentou, sem sucesso, o terceiro mandato. Segundo o MP, Vargas coordenava a campanha de Bernardo e teria recebido R$ 30 mil do então prefeito de Londrina, Antônio Belinati, cassado em 2000 por desvio de recursos. A doação não foi contabilizada.
Bernardo refuta irregularidades, e a direção do PT nega que Soraya tenha movimentado recursos do partido durante a disputa eleitoral e afirma que ela atuou como "voluntária". Micheleti afirmou que ele e a direção do PT facilitarão tudo na investigação porque "não pode pairar essa dúvida" no caso. Ele negou a existência do caixa dois e assumiu a responsabilidade por toda a movimentação financeira da campanha.
As informações são do jornal Zero Hora.
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