| 26/07/2005 09h22min
O senador mineiro Eduardo Azeredo, presidente do PSDB, disse que não tinha conhecimento do empréstimo feito pela DNA com a garantia das secretarias estaduais de Governo e de Comunicações. Azeredo alegou que, em agosto de 1998, quando o empréstimo foi feito no Banco Rural, viajava muito em campanha e não mexia com a parte financeira.
— Houve um custo muito alto para uma eleição. Foram R$ 8,5 milhões na época, mas está tudo declarado e aprovado pela Justiça. O governo federal está tentando desviar o foco. Passaram-se três eleições, não faz sentido discutir uma campanha de 1998 — reclamou.
Azeredo disse que, como candidato à reeleição ao governo do Estado, não tinha como interferir em repasse de verbas da agência de publicidade a aliados. Ele também divulgou uma nota ontem em que afirma ser descabido misturar situações antigas com as denúncias atuais. O senador lembra que sua campanha ao governo de Minas, em 1998, foi feita pelo publicitário Duda Mendonça e suas contas foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral. Na nota, Azeredo reafirma que gastou R$ 8.555.878,97 na eleição e que a documentação referente a suas contas foi detalhada ao TRE.
O deputado federal Custódio Mattos (PSDB), que recebeu R$ 20 mil, disse que o dinheiro foi depositado em sua conta para bancar gastos de campanha de Azeredo. O adversário, o ex-presidente Itamar Franco (PMDB), tivera boa votação no primeiro turno na região de Juiz de Fora.
— Azeredo me pediu que fizesse um esforço na minha região de Juiz de Fora. Meu entendimento foi todo com a coordenação da campanha de Azeredo. Eles me avisaram que depositariam R$ 20 mil. O dinheiro não tem nada a ver com a minha campanha, que já tinha terminado. Eu já havia fechado a prestação de contas — disse Custódio, afirmando nunca ter ouvido falar em Marcos Valério.
A assessoria da DNA não quis dar informações, alegando que somente Valério poderia falar. Na semana passada, a DNA admitira que os
sócios fizeram o empréstimo, mas não
soube explicar o destino do dinheiro. O assessor de imprensa da agência, Rodrigo Padron, disse que os outros sócios não poderiam dar detalhes da operação. Sobre os depósitos bancários em contas de políticos e pessoas ligadas a políticos, Padron disse que só o diretor financeiro poderia dar detalhes.
As informações são da Agência O Globo.
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