| 22/07/2005 08h43min
Os candidatos do PT à prefeitura de Porto Alegre em 2004 admitiram ontem que não declararam a contratação da agência Duda Mendonça Marketing Político na prestação eleitoral de contas.
O deputado estadual Raul Pont (PT) e a deputada federal Maria do Rosário (PT) distribuíram uma nota na qual alegam, porém, a legalidade da contribuição dada pelo PT nacional à campanha. Eles repetiram a explicação dada na quarta-feira pelo presidente municipal do PT, Waldir Bohn Gass, de que os serviços da agência foram considerados "apoio logístico" e por isso não estão na prestação.
– Esse apoio logístico não teve qualquer custo para a campanha de Porto Alegre, daí o seu não-registro na contabilidade eleitoral da Frente Popular – afirma o documento.
A Duda Mendonça foi deslocada para a Capital no segundo turno da campanha do ano passado para turbinar a candidatura de Pont. A denúncia de que a contratação teria sido financiada por um suposto esquema de caixa 2 manejado pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares foi feita pelo site do jornal Já, de Porto Alegre.
Na nota, Pont e Rosário partiram para o contra-ataque. O texto insinua que a prestação de contas de outros candidatos - sem citar adversários - não traduz a realidade das receitas e despesas:
"Lembramos que nossa campanha gastou R$ 3,573 milhões, enquanto alguns de nossos adversários, que apresentaram um volume igual ou maior de campanha, declararam gastos muito inferiores aos da Frente Popular."
A Delegacia de Defesa Institucional da Polícia Federal (PF) - responsável pela investigação de crimes eleitorais - solicitou ontem à Rádio Bandeirantes a gravação da entrevista do presidente estadual do PT, David Stival, na qual ele admite a existência de caixa dois. O Ministério Público Estadual pediu à PF a abertura de inquérito para apurar a confissão.
As informações são do jornal Zero Hora.
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