| 20/07/2005 14h14min
A CPI do Mensalão foi instalada hoje pela manhã, mas a escolha do presidente e do relator foi adiada para as 15h. A comissão vai investigar as denúncias de pagamento de mesada a parlamentares pelo PT e da compra de votos para a emenda da reeleição, em 1997.
O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), sugeriu que a reunião fosse suspensa até as 15h para que governo e oposição discutissem um acordo. Mercadante adiantou, no entanto, que o governo não está disposto a abrir mão do comando da CPI:
– Nós vamos buscar o diálogo para ver se é possível o entendimento, mas o PMDB é a maior bancada do Senado, o PT é a maior bancada da Câmara, e é a partir dessa premissa, que é uma recomendação do Regimento e uma tradição parlamentar, que nós vamos começar a conversar.
Já o deputado Raul Jungmann (PPS-PE) – nome que a oposição quer para um dos dois cargos de comando da CPMI – defende um equilíbrio entre governo e oposição na comissão.
– Essa é a mais difícil das CPMIs. É a única que vai investigar o Congresso, vai investigar o atual governo e o governo anterior. Portanto, ela precisa de isenção e equilíbrio. Eu diria até que essa CPI não pode ser instalada sem que você tenha governo e oposição contribuindo para que ela aconteça e chegue bem ao seu fim – disse o deputado.
Se governo e oposição não conseguirem um acordo até o horário do reinício da reunião, a presidência e a relatoria da CPMI serão decididas no voto, como ocorreu na CPMI dos Correios.
O local da reunião ainda não foi definido.
As informações são da agência Câmara.
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