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 | 20/07/2005 08h54min

Movimentos sociais reagem à saída de Olívio

Entidades temem fim do diálogo com o Palácio do Planalto

Mais uma vez a rede de proteção a Olívio Dutra foi armada com a ameaça de saída do ex-governador gaúcho do Ministério das Cidades. Entidades representativas dos movimentos sociais classificaram a hipótese de substituição de Olívio como um retrocesso que golpearia o diálogo com o Palácio do Planalto.

O Fórum Nacional da Reforma Urbana entregou na segunda-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma carta pedindo a permanência de Olívio. De acordo com Orlando dos Santos Júnior, secretário-executivo do Fórum - que representa 20 organizações ligadas à luta pela moradia e investimentos em melhorias urbanas -, a substituição fragiliza a administração da pasta.

– Em nome da governabilidade, o Planalto pode colocar em risco a continuidade de projetos prioritários – afirmou Orlando.

O apelo foi endereçado ao Palácio do Planalto, à Casa Civil, ao senador Aloizio Mercadante (PT-SP) e até mesmo ao presidente da Câmara, deputado Severino Cavalcanti (PP-PE), responsável pela indicação de Márcio Fortes como substituto de Olívio. O documento lamenta a polícia econômica, cujo rigor subtrai recursos da infra-estrutura.

Quem defende a permanência de Olívio recorre à justificativa da identificação do ex-governador com os movimentos sociais. É o argumento usado por Donizete Fernandes de Oliveira, da União Nacional pela Moradia Popular.

– Todos os ministérios da área social deveriam ser ocupados por pessoas com vínculos na participação popular – disse Oliveira.

As informações são do jornal Zero Hora.

 
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