| 18/07/2005 20h48min
O membro do PT do Ceará, José Adalberto Vieira da Silva, preso no aeroporto de São Paulo com R$ 200 mil em uma maleta e US$ 100 mil na cueca, apresentou uma terceira versão para a origem do dinheiro. Segundo o ex-assessor do deputado estadual José Nobre Guimarães (PT-CE), irmão do ex-presidente do PT José Genoino, a quantia não era para o partido. Depois de passar seis dias na preso na Polícia Federal, ele declarou que o dinheiro foi dado por um amigo rico de São Paulo para ajudá-lo a montar uma empresa de turismo e uma locadora de carros.
Na primeira versão, Adalberto disse que o dinheiro era fruto da venda de legumes a empresários do Ceagesp, o maior centro de abastecimento do país, que fica em São Paulo. Depois, ele disse que a quantia pertencia a um morador de Aracati, no interior do Ceará.
– Não menti para a polícia apenas omiti um fato – disse.
Além disso, Silva declarou que os dólares não estavam na cueca, mas presos em sua cintura por medida de segurança para evitar possíveis assaltos.
Sobre sua possível participação em um plano para derrubar Genoino da presidência do PT, Adalberto disse:
– Eu tenho a consciência de que eu não participei desse plano – afirmou em entrevista ao Jornal Nacional.
E acrescentou:
– Ninguém do PT sabia do dinheiro.
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