A semana começa com atenções voltadas para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que irá definir na próxima quarta qual o patamar da taxa de juros da economia brasileira para o próximo mês. Economistas apostas que as condições técnicas são favoráveis, mas ainda não será nesta vez que a Selic – hoje em 19,75% ao no – começará a cair. Mais que do que a crise política ou as oscilações dos preços do petróleo, é a postura conservadora dos membros do Copom que deve postergar para agosto as expectativas de profissionais do mercado financeiro para o primeiro corte em 10 meses na taxa Selic.

Os economistas avaliam que o Copom deverá aguardar mais um mês para reduzir a Selic, até ter certeza de que há menos pressão sobre a inflação dos próximos meses. Assim, a maioria das apostas é de manutenção da taxa, na reunião dessa semana do Comitê.

Para Marcel Solimeo, economista da Associação Comercial de São Paulo, o Copom deveria aproveitar que os índices de inflação dão condições para começar a derrubar os juros. Na sua opinião, seria importante que a taxa começasse a cair já, para estimular o nível da atividade econômica até o final do ano.

Roberto Troster, economista-chefe da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), acredita que o Copom manterá a Selic, por mais que os indicadores estejam favoráveis. Na sua opinião, se os juros começarem a baixar a partir de agosto, não haverá prejuízo para a atividade econômica.

As informações são do jornal Zero Hora.