| 15/07/2005 16h45min
O deputado federal Gustavo Fruet (PSDB-PR), que assumirá uma das sub-relatorias da CPI dos Correios na próxima semana, disse hoje que vai pedir a prisão preventiva de Marcos Valério Fernandes. Segundo ele, o empresário está prejudicando a investigação e destruindo provas.
- Vamos pedir a prisão dele para impedir que documentos continuem sendo queimados como os que foram encontrados incinerados em Belo Horizonte - afirmou.
O deputado disse que vai pedir também proteção policial para a família de Valério.
- Ele é fundamental para as investigações. É uma bomba viva. A Polícia Federal tem que garantir a segurança dele e de sua família - afirmou.
O Ministério Público Federal confirmou que Marcos Valério esteve ontem com o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza. A conversa foi sobre o envolvimento dele e das empresas nas denúncias de pagamento de propina a parlamentares.
No encontro,
Valério contou ter guardado provas - basicamente comprovantes de
depósitos - de todos os negócios financeiros que manteve com políticos.
Para cada operação vultosa de lavagem de dinheiro, as empresas de Valério efetuavam depósitos de montantes modestos nas contas de políticos, partidos e firmas beneficiadas. O estratagema permitiria ao publicitário comprovar que o dinheiro lavado pertencia a terceiros, já que os comprovantes registram as contas e os bancos usados no processo de lavagem.
Segundo o Ministério Público, os detalhes da conversa são sigilosos. Mas já se sabe que Marcos Valério pediu benefícios como réu caso venha a ser condenado em troca de colaboração nas investigações. Ele também pediu proteção policial.
O empresário está disposto a revelar tudo o que sabe sobre as campanhas do PSDB mineiro a partir de 1989 e sobre operações realizadas por ele para o PMDB.
Nesta sexta, a polícia e o Ministério Público de Minas Gerais encontraram mais notas fiscais, incineradas, da empresa DNA,
do publicitário Marcos Valério Fernandes, em um
lote abandonado na zona industrial de Contagem, em Belo Horizonte. Os papéis foram estavam perto da casa do ex-carcereiro Marco Tulio Prata, que foi preso quinta-feira com armamento pesado e parte de documentos da DNA.
Outra quantidade de notas fiscais da DNA Propaganda apreendida na quinta-feira na casa do ex-carcereiro Marco Tulio Prata foi emitida em nome de órgãos públicos, como o Banco do Brasil, Eletronorte e Ministério do Trabalho, que são clientes da agência, em valores que chegam a R$ 1 milhão, em alguns casos.
As informações são da agência O Globo.
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