A confiança do consumidor brasileiro voltou a deteriorar-se em junho, impactada em parte pela crise política. A análise é resultado de uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgada na manhã de hoje.

A sondagem captou diminuição da confiança do consumidor em junho de 2005. Com este resultado foi retomada a tendência de deterioração verificada de janeiro a abril e interrompida em maio.

De acordo com os dados da FGV, a parcela de consumidores que vêem a situação econômica do país melhor que seis meses atrás caiu para 12,8%, em comparação com os 12,9% registrados em maio. O número de pessoas que a consideram pior elevou-se para 35,6%, a maior leitura desde janeiro de 2003.

Sobre a situação econômica atual da família, o índice estabilizou-se em 21,7% dos consumidores que a vêem como melhor do que seis meses atrás. A parcela dos que a descrevem como pior chegou a 21,1%

Segundo a fundação, a disseminação da tendência negativa entre os diferentes quesitos da pesquisa reflete em parte os efeitos do momento de turbulência política. Em relação à situação do Brasil hoje, a FGV informa que quatro dos cinco quesitos pesquisados tiveram piora na comparação com maio e um ficou estável.  

Dentre os quesitos sobre as perspectivas futuras, três registraram queda sobre maio e um melhorou, o de mercado de trabalho. A porcentagem de consumidores que esperam melhora da situação econômica do país nos seis meses a frente caiu para 32,9% em junho.

Conforme nota da FGV, assim como ocorreu em abril de 2004, outro período de turbulência política, as expectativas tornaram-se relativamente mais pessimistas nas previsões para o país do que para a família. A sondagem ouviu 1.464 chefes de família entre 1 e 20 de junho.  

As informaçõe são da Reuters.