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 | 29/06/2005 10h53min

Palocci diz que governo sabe da necessidade de reduzir impostos

Ministro da Fazenda começou ofensiva para reduziu impacto de denúncias

O governo tem consciência da necessidade de reduzir tributos para melhorar a competitividade das empresas e ampliar os investimentos. A afirmação foi feita na noite de ontem pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci, a uma platéia repleta de empresários que participaram da entrega dos prêmios "Maiores e Melhores" da Revista Exame.

– Ao lado do compromisso de reduzir de forma consistente a dívida pública, estamos cientes de que é imprescindível reduzir o custo dos tributos para a sociedade. Adotamos uma série de medidas de aperfeiçoamento da legislação tributária, visando ampliar os investimentos e tornar a economia mais eficiente – discursou Palocci.

Como exemplo de medidas para incentivar o setor produtivo, o ministro citou incentivos para pesquisa e inovação e lembrou que o governo antecipou a isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para bens de capital, medida que estava prevista para o próximo ano. Segundo Palocci, o governo reconhece que a expansão das vendas externas é o resultado do trabalho das centenas de empresas do país e apóia o esforço dos empresários.

Também ontem, Palocci começou uma contra-ofensiva do governo usando instrumentos econômicos para reduzir a fragilidade política decorrente do escândalo do mensalão. O ministro decidiu dar a reposição salarial dos militares e tentou acalmar o ânimo dos senadores oposicionistas prometendo verbas para a conclusão das obras de metrô de quatro capitais. Além disso, visitou o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu, agora deputado, numa espécie de trégua.

A intenção é isolar a CPI dos Correios e as denúncias de corrupção que não param de surgir e destacar as ações objetivas do governo, reduzindo as frentes da oposição.
A expectativa dos militares era de uma parcela de 23%, mas o Ministério da Defesa e a área econômica do governo vinham desmentindo essa possibilidade. O mais provável é que os 23% sejam divididos em três parcelas. A questão será discutida até sexta-feira com os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

Com informações da Agência Brasil e jornal Zero Hora.


 
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