| 28/06/2005 10h34min
No começo da reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios, deputados e senadores defenderam a quebra dos sigilos fiscal, telefônico e bancário do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza - acusado de operar o mensalão -, que teria sacado R$ 27 milhões do Banco Rural, conforme denúncias veiculadas pelas revistas semanais.
Hoje serão tomados os depoimentos separadamente de Jairo Martins, Joel Santos Filho e Arlindo Molina Gonçalves. Os três são suspeitos de participar da gravação da fita em que o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios Maurício Marinho aparece recebendo R$ 3 mil supostamente de propina.
O senador César Borges (PFL-BA) disse que a imprensa está indo muito adiante nas investigações, e defendeu também a abertura, aos integrantes da comissão, de documentos que chegaram à CPI. César Borges disse que o depoimento de Marcos Valério, dono das empresas SMP&B e DNA Propaganda, é urgente, bem como o depoimento do ministro Luiz Gushiken, da Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica.
– Não se apequene diante das pressões do governo – pediu ao presidente da CPI, senador Delcidio Amaral (PT-MS).
Amaral avisou que todos os requerimentos serão votados amanhã.
Com informações das Agência Senado e Câmara.
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