A mineira Sandra Fajardo Smith, que trabalhava no 98º andar da Torre Norte do World Trade Center, é a primeira brasileira considerada oficialmente morta nos atentados terroristas que destruíram as torres gêmeas no dia 11 de setembro. Os parentes de Sandra residentes nos Estados Unidos receberam na quarta-feira, dia 28, a certidão de óbito da brasileira. O documento foi emitido pelo Departamento de Saúde da Cidade de Nova York, após o encerramento de um procedimento judicial iniciado pela família. Segundo a advogada da família, a carioca Maria Cecília de Castro Neves, normalmente um processo para reconhecimento judicial da morte de uma pessoa cujo corpo não foi encontrado demora nos EUA aproximadamente três anos, mas, no caso das vítimas dos atentados ao WTC, as autoridades reduziram o prazo para 15 dias. Uma prima da brasileira residente em New Jersey, Wanda Tavares Fajardo, declarou que a motivação para iniciar o processo de expedição da certidão de óbito surgiu porque "já na semana seguinte aos atentados a família não tinha mais esperanças de encontrar Sandra viva". A família pretende agora obter judicialmente todos os benefícios e indenizações que serão conferidos aos parentes das vítimas dos atentados. A recontagem oficial de mortos nas torres gêmeas do World Trade Center de Nova York caiu para 3.478, devido ao retorno de moradores à região, inicialmente considerados desaparecidos. A lista é autorizada diariamente, com o prosseguimento da operação de retirada de corpos dos destroços.