| 23/06/2005 18h41min
Encerrou-se há pouco o depoimento do deputado José Dirceu (PT-SP) na comissão de sindicância que está apurando as denúncias de distribuição de mesadas a deputados do PL e do PP para votarem a favor de matérias do governo.
Após 50 minutos de depoimento, Dirceu saiu protegido por seguranças da Câmara a serviço da comissão de sindicância e não quis falar com a imprensa.
O ex-ministro-chefe da Casa Civil negou participação no suposto esquema do mensalão a parlamentares do PP e PL, que integram a base aliada, segundo informações do Globo News. O parlamentar disse ainda que a primeira vez em que ouviu falar do pagamento de mesada foi em setembro de 2004, quando o Jornal do Brasil publicou uma entrevista em que o deputado Miro Teixeira (PT-RJ) falava do assunto.
O presidente da comissão, deputado Ciro Nogueira (PP-PI), explicou que foram chamados mais seguranças que o normal em razão do número de jornalistas presentes. Ciro afirmou que Dirceu estava tranqüilo e cooperativo e acrescentou que o depoimento foi revelador porque esclareceu vários pontos que suscitavam dúvidas.
O relator da comissão, deputado Robson Tuma (PFL-SP), destacou a vantagem de os depoimentos serem secretos, porque são mais rápidos e os depoentes falam mais à vontade e podem aparecer contradições. Tuma, porém, não adiantou se houve qualquer contradição nos depoimentos.
A comissão já ouviu 11 pessoas das 41 inicialmente previstas. De acordo com o relator, novos nomes serão incluídos, mas sem divulgação. Segundo Tuma, se os depoentes quiserem, eles próprios poderão divulgar a data dos depoimentos.
Com informações da Agência Câmara.
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