Durante seu depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) dos Correios, Maurício Marinho disse que há "milhares" de contratos na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), envolvendo barcos, aeronaves e outros veículos que transportariam milhões em cargas.

Marinho listou 17 contratos que deveriam ser investigados pelos integrantes da CPI, com destaque para dois deles. O primeiro se refere ao Banco Postal. Marinho disse que parlamentares interferiam na escolha das agências que seriam beneficiadas. O ex-diretor citou o banco Bradesco como suspeito de irregularidades envolvendo suas agências franqueadas.

Em outra denúncia, Marinho pôs sob suspeita todos os contratos de patrocínio feitos pelos Correios. Esses contratos estariam ligados à Secretaria de Comunicação do Governo, comandada pelo ministro Luiz Gushiken.

Segundo o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), o levantamento de informações da CPI poderá afetar muitos parlamentares e partidos que, segundo ele, estariam por trás de irregularidades. Eles atuariam nos faturamentos milionários que seriam pagos mensalmente, em comissões, às agências franqueadas pela empresa.
 
Com informações da Agência Senado e da Rádio Gaúcha.