| 20/06/2005 21h16min
Há mais de 10 anos tramitando no Congresso Nacional, a reforma política pode ser aprovada nesta terça, dia 21, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, na última etapa antes de seguir para votação no plenário da Casa.
A reforma prevê a instituição de lista fechada – pela qual o eleitor não votará mais em candidatos, e sim nos partidos – o financiamento público de campanha, a federalização partidária, que impede o rompimento de acordos firmados durante o pleito, e o fim das coligações proporcionais.
O tema reforma política voltou ao centro das discussões no Congresso Nacional depois que o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) denunciou a existência de um suposto esquema de pagamento de mesada a parlamentares pelo Partido dos Trabalhadores (PT) em troca de apoio ao governo. No início do ano, a reforma também esteve presente nos debates, com a eleição do deputado Severino Cavalcanti (PP-PE) à presidência da Câmara, especialmente após o troca-troca de parlamentares entre os partidos políticos. O relator da reforma, deputado Rubens Otoni (PT-GO), no entanto, critica a politização do tema.
– Eu não vejo a reforma política como um remédio para todos os males. Para a crise que nós estamos vivendo aí, o remédio não é a reforma política. Nós temos que fazer investigação, apuração, punir os responsáveis, esclarecer a população sobre todas as denúncias - as que são verdadeiras e as que não são, os que são responsáveis realmente, e os que não são – defendeu.
As informações são da Agência Brasil.
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