| 30/05/2005 13h50min
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) divulgou nota oficial em resposta à recente denúncia publicada pela revista Veja sobre uma suposta fraude em licitação para compra de kits de informática do Banco Postal envolvendo o diretor de Tecnologia da estatal, Eduardo Medeiros de Morais. O comunicado diz que "não guardam qualquer fundo de verdade as especulações sobre possíveis irregularidades nos tais processos de contratação".
A nota dos Correios afirma que a licitação para a compra dos kits consultou, durante a pesquisa de preços em agosto de 2004, nove fornecedores e obteve a estimativa de valores de R$ 96 milhões.
– Este é um dos momentos que as empresas de mercado aproveitam para questionar qualquer possível falha técnica nas especificações, com vistas ao aprimoramento do edital a ser publicado, o que não ocorreu neste caso – diz a nota.
A denúncia se baseia no depoimento do senador Fernando Bezerra (PTB-RN), publicado pela revista, em que ele diz ter tido dificuldade para indicar Ezequiel Ferreira de Souza para a diretoria de Tecnologia dos Correios porque o cargo faria parte de um esquema de fraude.
A reportagem diz que a Controladoria-Geral da União (CGU) solicitou os documentos da licitação para uma auditoria, o que teria paralisado o processo e indicaria suspeita. A nota dos Correios contesta, no entanto, essa informação.
– Com relação às análises da CGU, ao contrário do que afirma a reportagem, a iniciativa de solicitar uma avaliação da futura licitação partiu da própria ECT, onde o Diretor de Tecnologia, em contato com o chefe do Departamento de Auditoria, sugeriu que as licitações a serem publicadas fossem avaliadas pelos técnicos da CGU, já que o citado órgão vem avaliando outros processos da empresa, a partir de notícias veiculadas na imprensa – afirma.
Há duas semanas, uma gravação divulgada pela imprensa denunciava o suposto envolvimento de ex-funcionários da empresa e do presidente nacional do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), em fraudes em licitação. Na semana passada o Congresso Nacional criou a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o caso.
As informações são da Agência Brasil.
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