| 09/11/2001 07h
Os países da América Latina e do Caribe estão inclinados a apoiar uma nova rodada global de negociações comerciais, mas não estão dispostos a ceder em temas considerados chaves como a redução dos subsídios à agricultura. Essa é a posição inicial dos representantes da região na 4ª Conferência Ministerial da Organização Mundial de Comércio (OMC) que começa nesta sexta-feira e se realizará até terça-feira em Doha. Os 142 membros da OMC reunidos na capital do Catar têm como desafio a elaboração de uma agenda de trabalho que poderá se converter em um novo ciclo de negociações multilaterais. De Washington, o diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Horst Koehler, e o presidente do Banco Mundial, James Wolfensohn, divulgaram um documento conjunto, conclamando os ministros a aproveitar a oportunidade para lançar um ciclo de negociações que se inspire "no desejo de usar o comércio como motor de crescimento da economia mundial e de redução da pobreza". O principal obstáculo ao lançamento da nova rodada é a profunda divergência existente entre os países industrializados e as nações em desenvolvimento em temas como agricultura e propriedade intelectual. negociador norte-americano, Robert Zoellick, afirmou que os Estados Unidos apoiam o objetivo dos latino-americanos e do conjunto dos países em desenvolvimento de debater um processo de redução gradual dos subsídios agrícolas. A União Européia (UE) é mais resistente, já que se nega comprometer-se com um calendário que estabeleça a eliminação total dos subsídios às exportações de produtos agrícolas. A delegação latino-americana acredita que essa posição deverá ser amenizada.
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