Dos 154 municípios gaúchos com atividades agrícolas, 93 apresentaram prejuízos na produção em decorrência da erosão do solo em 2002. Em segundo lugar aparece o esgotamento do solo, com 66 municípios atingidos. Os dados constam na Pesquisa de Informações Básicas Municipais – MUNIC, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em parceria com o Ministério do Meio Ambiente.
 
A escassez da água é a principal causa de prejuízos agrícolas no Brasil, problema que ocupa a quarta posição na avaliação dos municípios gaúchos, com 43 localidades afetadas.

Segundo o levantamento, em 204 dos 496 municípios gaúchos foi verificado poluição da água. As principais causas apontadas são o despejo de esgoto doméstico (147), a criação de animais (133) e o uso de agrotóxicos e fertilizantes (133).

A poluição dos rios e enseadas já é detectada em 38% das cidades brasileiras e em 77% das do Rio de Janeiro, o Estado mais atingido. A contaminação dos solos afeta 33% dos municípios, e em quatro das cinco Grandes Regiões os resíduos das atividades de Saúde já afetam um número maior de municípios que os industriais.

Conforme o estudo, as queimadas e desmatamento estão ocorrendo em todas regiões do Brasil, e não apenas nas fronteiras agrícolas. Através dos questionários respondidos pelas prefeituras dos 5.560 municípios existentes naquele ano, o IBGE descobriu que podem estar surgindo novas áreas de desmatamento da Floresta Amazônica – no norte do Pará – e do Cerrado – no oeste da Bahia – ainda não detectadas pelos satélites. As queimadas, aliás, são a principal causa da poluição atmosférica nas cidades brasileiras segundo suas prefeituras, mas é o esgoto a céu aberto – diretamente ligado à mortalidade infantil – o problema ambiental que mais afeta as condições de vida dos cidadãos.

As informações são do IBGE.