| 01/11/2001 21h42min
A região ao redor da cidade de Kandahar, do reduto militar do Talibã, no sul do Afeganistão, está sem luz e cada vez mais arrasada pelas ofensivas da aviação americana. Nesta quinta-feira, os bombardeios atingiram a represa e a usina da maior hidrelétrica do país. A usina de Kajakai, na província de Helmadn, foi seriamente atingida pelos ataques dos aviões B-52, deixando no escuro, além de Kandahar, a cidade de Lashkar Gah. O ministro da Educação do Talibã, Amir Jan Muttaqi, disse que a represa de Kajakai foi atingida, mas não totalmente destruída. Se houver vazamento de água, segundo o ministro, ocorrerão inundações, com risco de vida para "milhares de pessoas". O bombardeio da hidrelétrica contribui para abalar ainda mais Kandahar, que vem sendo atacada pela aviação americana com intensidade. A região abriga o mulá (chefe religioso) Omar Mohamed, comandante do Talibã. A notícia dos ataques que paralisaram a central elétrica foi divulgada pela agência oficial de notícias do Talibã, Bakhtar, sem contestação dos EUA. Além de Kandahar, a ofensiva desta quinta despejou bombas nas linhas de frente da milícia no norte da Capital, Cabul, e ao redor da cidade nortista de Mazar-e-Sharif. Os ataques sistemáticos a Cabul tentam desalojar os talibãs de montanhas a 50 quilômetros ao norte da Caital. Só assim a oposicionista Aliança do Norte, que tenta avançar por terra, poderia caminhar em direção a Cabul. Apesar da intensidade dos ataques, a aliança não ganhou terreno. O Talibã informou que a ofensiva da oposição em Dar-e-Suf, um distrito a sudeste de Mazar-e-Sharif, fracassou apesar dos bombardeios americanos.
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