Todas as amostras de pós e substâncias enviadas pelo correio ou encontradas em diversas partes do Estado nas últimas semanas serão alvo de investigação policial. A decisão foi tomada para responsabilizar os suspeitos pelos trotes que vêm atrapalhando o trabalho de vários órgãos estaduais, sobrecarregados nas últimas semanas por centenas de telefonemas e notificações de substâncias semelhantes aos "pós" contaminados com a bactéria do antraz nos EUA, Bahamas e Argentina. Desde o início do mês, um grupo com representantes da Secretaria Estadual da Saúde, Defesa Civil, Brigada Militar e das Polícias Civil e Federal está atendendo a chamados e investigando material que possa ter relação com a bactéria do antraz. Dezenas de amostras foram ou estão sendo analisadas em dois centros de pesquisas. Mesmo distantes dos focos do terrorismo biológico, cresce no Brasil a procura pelo medicamento utilizado contra a infecção por antraz e seu genérico. Nas distribuidoras de medicamentos, a procura aumentou, em média, 10%. Na semana passada, o Ministério da Saúde já havia divulgado uma nota tranqüilizando a população de que, caso haja qualquer ameaça, há doses suficientes da medicação na rede pública de saúde.