| 15/04/2005 10h20min
O emprego do setor industrial gaúcho registrou a maior queda do país no mês de fevereiro. Na comparação com o mesmo mês de 2004, o Rio Grande do Sul teve variação de -2,7%, em conseqüência da queda expressiva do setor de calçados e artigos de couros (-15,0%). Os dados da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário foram divulgados na manhã desta sexta, dia 15.
Na média nacional, o emprego expandiu 2,8%. A alta, 12ª taxa positiva consecutiva, é decorrente das admissões verificadas em 11 dos 14 locais e 13 dos 18 segmentos Já na comparação fevereiro, o emprego industrial no país apresentou pequena variação negativa (-0,1%). Os indicadores para períodos mais abrangentes assinalaram crescimento: 3% no acumulado no ano e 2,5% nos últimos 12 meses.
A indústria paulista, os setores de máquinas e equipamentos (13,5%) e meios de transporte (15,2%) foram os destaques entre os 11 ramos que aumentaram o número de pessoas ocupadas. Além do Rio Grande do Sul, Pernambuco (-2,5%) representou o principal impacto negativo, por causa da redução do emprego no setor de alimentos e bebidas (-12,7%).
No acumulado do ano, Rio Grande do Sul (-1,9%) e Rio de Janeiro (-0,5%) foram os únicos Estados com redução neste período. Já o resultado geral assinalou aumento de 3%. As áreas que exibiram os maiores aumentos no número de trabalhadores foram São Paulo (2,7%), Minas Gerais (5,1%) e Paraná (6,1%).
O indicador acumulado nos últimos 12 meses no país apresenta crescimento de 2,5%, dando continuidade à trajetória ascendente do emprego industrial iniciada em abril de 2004.
Em fevereiro de 2005, os indicadores da folha de pagamento real do setor industrial gaúcho registrou queda de 0,03%. Já os resultados nacionais prosseguiram apontando taxas positivas em suas principais comparações. Em relação a fevereiro de 2004, houve expansão de 2,1%, no bimestre janeiro-fevereiro o aumento foi de 3,1% e, no acumulado nos últimos 12 meses, de 8,6%.
Na indústria gaúcha, houve queda de 4,76% no número de horas pagas em fevereiro 2005/fevereiro 2004. No acumulado para o primeiro bimestre, as duas únicas pressões negativas vieram de Rio Grande do Sul (-3,5%) e Rio de Janeiro (-1,8%). As indústrias de calçados e artigos de couro (-9,1%) e vestuário (-3,2%) exerceram as principais contribuições negativas. A média nacional apresentou aumento de 2,3%.
As informações são do IBGE.
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