| 11/04/2005 11h17min
A operação da Polícia Federal que envolveu 300 policiais deteve mais duas pessoas envolvidas em fraudes contra a Receita Federal e a Previdência Social. Até a manhã desta segunda, 16 pessoas foram presas em seis cidades de cinco Estados – São Paulo, Araçatuba, Rio de Janeiro, João Pessoa, Brasília e Porto Alegre. A maioria das prisões foi efetuada na capital gaúcha. A PF capturou o argentino César Arrieta, apontado como um dos líderes do grupo, em Porto Alegre.
Empresários, servidores públicos e representantes de bancos integravam a organização criminosa. Segundo o delegado Ildo Gasparetto, o golpe estava sendo investigado desde 2002.
A atuação da quadrilha consistia na criação de créditos tributários frios que eram oferecidos a empresas com dificuldades financeiras. Os créditos eram utilizados para compensar dívidas e demais obrigações fiscais. Os fraudadores também financiavam a compra dos créditos vendidos e emprestavam dinheiro às empresas, utilizando estas operações para lavar dinheiro.
A organização ainda promovia operações ilícitas com a participação de bancos. O objetivo era comprar créditos financeiros pagando um valor superior ao que o aplicador receberia após o recolhimento do imposto de renda. Depois a quadrilha assumia o pagamento do tributo, mas não efetuava o recolhimento. Estas operações teriam movimentado nos últimos anos um R$ 1,5 bilhão. A organização criminosa possuía empresas fantasmas em nome de laranjas.
As informações são do repórter Cid Martins, da Rádio Gaúcha.
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