| 24/03/2005 10h10min
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) medido em Porto Alegre teve variação de 0,21% em março, resultado inferior ao de fevereiro (0,82%). O índice também é menor do que a média nacional registrada em março, que foi de 0,35%.
A taxa nacional também desacelerou.Em fevereiro, o IPCA-15 teve alta de 0,74%. Os números foram divulgados nesta quinta, dia 24, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o IBGE, um dos motivos para a desaceleração foi no item cursos, que em fevereiro registrou alta de 6,34% e, em março, teve um aumento de apenas 0,49%. Segundo o IBGE, essa influência é causada principalmente porque os valores das mensalidades escolares normalmente são revisados no início do ano.
Outra influência foi do item empregados domésticos, cuja taxa de variação passou de 1,12% para 0,13%, reflexo do final do impacto do recebimento do 13º salário. Com preços mais baixos, passagens aéreas (-4,69%), gás de cozinha (-1,11%), álcool (-0,59%) e gasolina (-0,32%) também influenciaram o resultado de março.
Quanto aos alimentos, a desaceleração no ritmo de crescimento dos preços – de 0,53% em fevereiro para 0,17% em março – foi motivada, principalmente, pela queda observada nos seguintes itens: frango (-2,39%), carnes (-1,06%), óleo de soja (-1,61%). Entre os poucos produtos que subiram, destacaram-se os ovos (11,76%).
Do ponto de vista das altas, o principal impacto foi exercido pelas passagens dos ônibus urbanos (1,83% de variação e 0,09 ponto percentual de contribuição), influenciadas pelo reajuste ocorrido em São Paulo.
O IPCA-E nacional do primeiro trimestre – formado pelo IPCA-15 acumulado, ficou em 1,78%. O resultado refere-se a janeiro (0,68%), fevereiro (0,74%) e março (0,35%). Nos últimos 12 meses, a taxa ficou em 7,31%. Os preços para cálculo do mês foram coletados no período de 15 de fevereiro a 14 de março e comparados com os preços vigentes de 13 de janeiro a 14 de fevereiro.
O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA. A diferença entre os dois índices está no período de coleta dos preços.
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