O ex-presidente haitiano Jean-Bertrand Aristide afirmou nesta quarta, dia 9, que espera voltar ao seu país como presidente, mas disse que não sabe quando e negou envolvimento em recentes protestos que tinham por objetivo restituí-lo.

Aristide afirmou que não está em contato direto com os manifestantes que protestaram na capital Porto Príncipe recentemente, mas elogiou as equipes de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) por protegerem eles depois que a polícia matou pelo menos três manifestantes na semana passada.

– Eu vou voltar. Não sei quando, mas vou. Não estou envolvido na organização dessas coisas, mas rezo para que não matem eles enquanto estão protestando –  disse Aristide a repórteres após uma palestra na Universidade de Witwatersrand, de Johanesburgo.

Aristide foi forçado ao exílio na África do Sul em fevereiro de 2004, após uma rebelião sangrenta de gangues de rua e ex-soldados, além da sob pressão sofrida proveniente dos Estados Unidos e da França. Um crescente número de grupos políticos e sociais que se opunham a Aristide agora demonstram desilusão com o governo interino do primeiro-ministro Gerard Latortue, que tem apoio dos Estados Unidos. Aristide tornou-se o primeiro presidente do Haiti eleito de forma democrática em 1990, foi derrubado em um golpe mas mais tarde foi empossado novamente.

As informações são da agência Reuters.