| 17/02/2005 11h27min
O Rio Grande do Sul apresentou queda de 0,9% no emprego industrial em dezembro de 2004. O Estado é o único do país que teve um resultado negativo, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Os dados foram divulgados, nesta quinta, dia 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na mesma relação, o país apresentou variação positiva de 4,4%. O setor fechou o ano passado com alta de 1,9% no emprego, o melhor resultado desde 1990. O resultado gaúcho foi influenciado pelas demissões em oito ramos industriais, em especial, calçados e couro (-12,4%). No total do país, as demissões superaram as contratações em cinco ramos, sendo que os principais impactos negativos foram de produtos de metal (-4,1%) e calçados e couro (-3,7%).
Em dezembro, o emprego industrial caiu frente ao resultado de novembro (-0,3%). O crescimento de 4,4% no índice mensal foi resultado do aumento no nível de emprego em 13 das 14 áreas e em 13 dos 18 segmentos investigados, cujos destaques foram alimentos e bebidas (6,6%), máquinas e equipamentos (16,0%) e meios de transporte (16,5%). A região Norte e Centro-Oeste cresceu 8,0% e o Rio de Janeiro ficou com a menor taxa positiva (1,4%). São Paulo, com 4,6%, foi o local que exerceu a contribuição mais significativa para o total do país. Neste Estado, que detém cerca de 38% do emprego industrial, 12 setores contrataram mais do que demitiram, sobressaindo máquinas e equipamentos (26,1%) e meios de transporte (16,6%).
No acumulado no ano, o emprego industrial teve contribuições positivas dos setores de máquinas e equipamentos (14,1%) e alimentos e bebidas (3,7%). Regionalmente, Minas Gerais (4,4%) e São Paulo (1,5%) foram os destaques positivos. Por outro lado, a principal influência negativa no resultado anual foi do Rio de Janeiro (-2,4%), com vestuário (-7,5%) e produtos de metal (-5,1%) exercendo os maiores impactos negativos entre os cinco segmentos onde não se observou crescimento do emprego.
Já o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria caiu 0,3% em relação a novembro, na série com ajuste sazonal. Nas demais comparações, houve crescimento: 5,1% em relação a dezembro de 2003; 4,2% no quarto trimestre e 2,2% no acumulado no ano. A folha de pagamento dos trabalhadores da indústria, já descontados os efeitos sazonais, caiu 0,6% em relação a novembro, a terceira queda consecutiva. Esta redução pode ser confirmada pelo índice de média móvel trimestral, que apresentou perda de 0,7% no valor real da folha de pagamento entre os trimestres encerrados em novembro e dezembro de 2004.
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