| 15/02/2005 14h31min
O crescimento da agroindústria brasileira foi de 5,3% em 2004, marca mais elevada da série histórica iniciada em 1992. De acordo com dados divulgados nesta terça, dia 15, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os setores vinculados à pecuária (5%), com crescente inserção externa, apresentaram desempenho superior aos associados à lavoura (4,6%), de maior peso na agroindústria. O aumento de 22,4% assinalado pelo grupamento de defensivos para uso agropecuário contribuiu para que o total da agroindústria crescesse acima destes dois principais grupamentos (total da agricultura e total da pecuária).
O dinamismo da agroindústria em 2004 refletiu a influência positiva de vários fatores: maior safra agrícola para alguns dos principais produtos, aumentando deste modo a disponibilidade de matéria-prima para processamento na atividade agroindustrial; conquista de novos mercados internacionais consumidores (carnes de aves e bovinos); crises sanitárias, como a gripe aviária em países asiáticos e o mal da "vaca louca" em alguns países da União Européia; aumento das exportações de bens de capital agrícolas (tratores); e preços internacionais favoráveis, sendo esse último um fator decisivo para alavancar a produção do setor agroindustrial em 2004.
Pelo desempenho das vendas externas de alguns dos principais produtos agropecuários, segundo informações da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX/MDIC), observa-se a influência das exportações sobre os índices de crescimento da agroindústria em 2004. De janeiro a dezembro, comparativamente ao mesmo período de 2003, as exportações (quantum) de alguns segmentos da agroindústria mostraram os seguintes resultados: pedaços e miudezas de aves (29,0%); celulose (9,8%); açúcar de cana-de-açúcar (12,7%); carne de bovinos (59,3%); fumo (24,5%); carnes de suínos (7,3%); madeiras compensadas (27,8%); e álcool (220,2%).
Os índices de produção industrial em bases trimestrais confirmam que o setor agro-industrial sustentou taxas positivas ao longo de 2004. Após crescer 5,5% no primeiro trimestre do ano, frente a igual período do ano anterior, o setor mostrou desaceleração no período seguinte (2,6%), voltando a ganhar ritmo no terceiro (6,4%) e no último trimestre do ano (6,8%), quando ficou ligeiramente acima do crescimento global da indústria (6,3%).
O grupo dos produtos derivados da agricultura, de maior peso na agroindústria, apresentou crescimento de 4,6%. Dos seis setores que ampliaram a produção, merecem destaque fumo (20%), laranja (5,2%), celulose (6,0%) e derivados da cana-de-açúcar (1,8%). Somente os produtos derivados da soja (-1,1%) e do milho (-22,5%) pressionaram negativamente, mas não conseguindo com isso reverter o resultado geral positivo.
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