O temor de que epidemias dobrem o número de mortos após o tsunami diminui conforme cresce o acesso à água limpa, disse na quinta, dia 13, a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Mais de 158 mil pessoas morreram, a maioria no norte da Indonésia e no Sri Lanka, em consequência das enormes ondas desencadeadas por um maremoto no dia 26 de dezembro. Na semana passada, a OMS havia alertado que o mesmo número de pessoas poderia morrer vítima de epidemias nas regiões afetadas.

Mas um dos maiores esforço humanitários da história está reduzindo essa ameaça, principalmente a relativa a doenças transmitidas pela água, embora ainda haja a necessidade de uma vigilância contínua, disse o porta-voz da OMS Iain Simpson.

A maioria dos moradores da área afetada, que vai da Indonésia à Somália, no Chifre da África, teve acesso a água limpa ou tabletes para a purificação da água. Simpson alerta, no entanto, que apesar de o risco de doenças estar diminuindo, não desapareceu completamente.

Enfermidades transmitidas por mosquitos, como a malária, ainda são uma preocupação, assim como a situação geral da saúde de milhares de pessoas que estão em regiões remotas da província de Aceh, na Indonésia, onde as informações são escassas, acrescentou Simpson.

A Indonésia e o Sri Lanka já sofrem com a malária, e a OMS lançou uma campanha junto às autoridades locais para evitar grandes epidemias. A doença não é tão disseminada na região quanto na África, porque as pessoas costumam usar mosquiteiros nas camas, um dos meios mais eficazes de prevenção. Mas os mosquiteiros foram levados pelas águas do tsunami, disse Simpson.

A ONU já arrecadou cerca de 70% do quase US$ 1 bilhão que pediu para alimentar, vestir e dar remédios às vítimas das áreas afetadas nos próximos seis meses. A OMS já recebeu entre US$ 35 e US$ 40 milhões dos US$ 67 milhões requisitados dentro do apelo da ONU, disse Simpson, acrescentando que o montante é suficiente para financiar as operações imediatas.

As informações são da agência Reuters.