O Avaí encaminhou nesta sexta, dia 17, um documento ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro, que contesta a situação do atacante Cristiano Santos Gomes, o Tiano, do Brasiliense, no último jogo do quadrangular final da Série B. Segundo o advogado do clube catarinense, Luiz Trindade Cassetari, o jogador teve seu contrato prorrogado de forma ilegal.

Tiano ficou no banco de reservas do Brasiliense na vitória diante do Bahia por 3 a 2, em Salvador, no último dia 11, quando a equipe de Taguatinga conquistou o título da Série B.

O jogador tinha contrato com o clube até o dia 6 de dezembro, mas o Brasiliense só entrou com o protocolo para a prorrogação na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no dia seguinte.

De acordo com Cassetari, não poderia ter ocorrido a prorrogação – de um mês, no caso de Tiano – já que a data do contrato original estava vencida.

– O contrato original já teria vencido e não caberia uma renovação, mas, sim, um novo contrato de três meses, por isso está irregular – disse Cassetari, em entrevista ao repórter Sérgio Guimarães, da Agência RBS.

– A lei é muito clara. O contrato só pode ser efetivado por menos de três meses desde que o faça até o término do contrato. Estamos mostrando que há uma irregularidade e ela existe. O Avaí reuniu a documentação nesse sentido – afirmou o advogado.

Além de Tiano, também estariam em situação irregular o goleiro França, o atacante Credeence e o meia Leandro Tavares. Estes três últimos, no entanto, não viajaram com o Brasiliense para Salvador.

Para o presidente do clube do Distrito Federal, Luiz Estavão, o Avaí faz uma denúncia vazia.

– A informação não tem nenhum fundamento, até porque os três jogadores cujos contratos venceram nem viajaram: o goleiro França, o atacante Credeence e o meia Leandro Tavares. Acho que o Avaí teria que ter empatado ou vencido o Fortaleza. Poderia até ter perdido por um gol. Infelizmente, eles (Avaí) não conseguiram sequer segurar uma derrota por um gol – defendeu-se Estevão, sem mencionar o nome de Tiano.

– Qualquer denúncia sem fundamento durante ou após o campeonato é a mesma coisa, é um lixo – disse o dirigente do Brasiliense.

O presidente do STJD, Luiz Sveiter, irá avaliar nesta segunda se encaminhará a denúncia à procuradoria da entidade. Caso o parecer seja favorável ao Avaí, o Brasiliense corre o risco de perder seis pontos, fato que garantiria o Leão na Série A em 2005.