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O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmou a sindicalistas considerar "possível" fechar um acordo com os trabalhadores sobre mudanças no Imposto de Renda Pessoa Física até a próxima quarta, dia 15, segundo relato do presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva.
Centrais sindicais apresentaram nesta quarta, dia 8, a Palocci uma proposta para corrigir os valores da tabela do IR. Pelo plano, o governo se comprometeria a conceder um reajuste imediato de 10% na tabela. Novas correções seriam feitas em 2005 e 2006 de forma a garantir que a tabela chegasse ao final do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sem ter sofrido defasagens adicionais.
Segundo Paulinho e o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, Palocci se comprometeu a estudar a proposta e disse estar disposto a se comprometer com algum tipo de correção da tabela.
Na próxima quarta, as centrais sindicais encerrarão a Marcha a Brasília, uma caminhada de três dias em favor da mudança na tabela e da correção do salário mínimo. Eles esperam ser recebidos pelo ministro Palocci e o presidente Lula nesta data para tratar das reivindicações.
Ainda segundo Paulinho, o ministro chegou a propor a introdução de uma nova alíquota para o IRPF de 10%, que incidiria nos salários entre R$ 1.058 e R$ 1.590.
– Mas nós rejeitamos porque seria muito difícil explicar para o pessoal – afirmou o sindicalista.
De acordo com Marinho, com a correção de 10% da tabela, o governo arrecadaria R$ 26,8 bilhões com o IRPF em 2005, ante uma projeção de arrecadação de "quase R$ 30 bilhões" sem o reajuste.
Atualmente, estão isentos do pagamento de IRPF trabalhadores que ganham até R$ 1.058 por mês. Para salários entre esse valor e R$ 2.115, a alíquota é de 15%. Acima desse teto, a alíquota é de 27,5%. Esses limites foram corrigidos pela última vez em 2001.
As informações são da agência Reuters.
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