| 16/11/2004 20h32min
O setor agroindustrial catarinense festejou nesta terça-feira, dia 16, o fim do embargo russo à carne produzida no Estado. A compra estava suspensa desde o dia 20 de setembro e foi retomada inicialmente só com Santa Catarina, único Estado com reconhecimento internacional de área livre de febre aftosa.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados de Santa Catarina (Sindicarnes), Paulo Ernani de Oliveira, disse que as empresas devem exportar mais das unidades catarinenses, destinando a produção de outros Estados ao mercado interno.
O presidente da Coopercentral Aurora e da Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo, acredita que a decisão russa influenciará a União Européia, Japão, China e outros países a comprarem carne suína brasileira.
Para o analista de mercado do Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina (Icepa), Jurandi Machado, outros mercados tinham compensado em parte o embargo russo. Mas a volta da Rússia pode contribuir para que seja atingida a barreira das 500 mil toneladas, o que seria recorde de exportação de suínos.
Preço do suíno deve dobrar
O preço do quilo vivo de suíno deve subir de R$ 0,05 a R$ 0,10 até sexta-feira. Esta é a expectativa imediata do vice-presidente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), Clair Dariva.
Para Dariva, a volta da Rússia é importante pois traz tranqüilidade ao segmento. isso porque aquele país representa um bom mercado para o início de 2005, quando tradicionalmente ocorre uma queda de consumo no mercado interno.
O vice-presidente da ABCS acredita que os produtores poderão recuperar os prejuízos de 2002 e 2003.
A Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS) divulgou nota elogiando o trabalho da missão brasileira e catarinense que esteve na Rússia, além do status sanitário do Estado.
As informações são do Diário Catarinense.
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