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Comemorando a forte expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, descartou que o crescimento seja passageiro e disse que o governo continuará a fazer os ajustes para manter a atividade econômica equilibrada.
– Tudo indica que 2004 terá um crescimento superior à média dos anos anteriores. Nós temos todas as condições, a partir daí, de conseguir um período longo de crescimento – afirmou Palocci nesta terça, dia 31, a jornalistas no Palácio do Planalto.
O ministro da Fazenda tem repetido que o desempenho da economia é resultado dos ajustes promovidos durante o primeiro ano do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como o controle da inflação, a redução do risco-país, além dos ajustes na carga tributária para estimular o investimento da iniciativa privada.
– No horizonte não há obstáculos importantes que possam interromper esse processo – resumiu o ministro.
A economia brasileira cresceu, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 1,5% no segundo trimestre de 2004 em relação ao trimestre imediatamente anterior e 5,7% na comparação com o mesmo período no ano passado.
Palocci aproveitou para cobrar o avanço de projetos no Congresso, como as Parcerias Público-Privadas (PPP) e a lei de falências, que fazem parte da chamada "agenda microeconômica" do governo.
– Se o Brasil tivesse sabedoria para fazer uma boa reflexão sobre este momento, sobre a grande força de sua economia, sobre a necessidade de ser perseverante no equilíbrio dessa economia, faríamos 10, 12, 15 anos de crescimento – afirmou.
Um dos argumentos levantado pelo governo junto ao Congresso para apressar a votação das PPPs e da lei e falências é o gargalo em infra-estrutura que prejudicaria, no médio prazo, o crescimento da economia. A explicação seria que as condições dos portos e das estradas de rodagem não são suficientes para atender um aumento crescente da produção das indústrias.
Palocci, no entanto, descartou que esses problemas poderão limitar o crescimento da economia e disse que o governo trabalha para "solucionar as demandas em infra-estrutura".
As informações são da agência Reuters.
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