| 09/07/2001 09h19min
A decisão da Argentina de reduzir a tarifa de importação de bens de capital, informática e telecomunicações oriundos de países de fora do Mercosul trouxe apreensão para toda a cadeia produtiva catarinense. As empresas que produzem bens de consumo temem que a medida seja estendida para estes setores, o que provocaria um impacto negativo da pauta de exportações. A preocupação maior é das empresas de bens de capital, ou seja, aquelas que produzem equipamentos para a Argentina. As indústrias catarinenses são importantes fornecedoras de máquinas para as indústrias de alimentação argentinas. A Intelbrás, empresa de telefonia situada no município de São José, é uma das principais exportadoras do setor de telecomunicação para o país vizinho. O diretor de desenvolvimento da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Henry Quaresma, explica que a medida do governo argentino vai prejudicar as exportações brasileiras porque a concorrência com os outros países ficará muito grande. Ele diz que a redução da tarifa de 15% para 8% vai permitir que a Argentina negocie melhores condições com os novos parceiros. – Será possível negociar preços e condições de pagamento – afirma Quaresma, explicando que sem estes diferenciais, os produtos brasileiros perdem competitividade. Quaresma destaca que enquanto a redução atingir os bens de capital, a situação não é tão preocupante. O problema é que a medida abre um precedente e nada impede que a Argentina amplie para outros setores. Em Santa Catarina, a preocupação maior é nos setores que mais exportam para a Argentina como alimentos (frangos), têxteis, móveis, cerâmica e suínos. Estes seriam os principais prejudicados caso houvesse uma redução das tarifas para os países de fora do Mercosul.
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