| 06/08/2004 10h10min
Os índices da produção industrial para o mês de junho confirmam a fase de sustentação do ritmo da atividade fabril. As taxas são positivas segundo diferentes comparações realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgadas nesta sexta, dia 6. No confronto com o mês anterior, na série livre de influências sazonais, o aumento é de 0,5%, o quarto consecutivo neste tipo de indicador. Em comparação aos meses do primeiro semestre de 2003, quando a trajetória da produção era declinante, as taxas são mais altas: 7,7% no acumulado do ano e 13% frente a junho do ano passado.
A variação observada entre maio e junho do corrente ano (0,5%) resulta da expansão em 13 dos 23 ramos industriais que têm séries ajustadas sazonalmente. Os destaques são as indústrias têxtil (4,7%), de máquinas e equipamentos (2,3%), perfumaria (7,6%) e veículos automotores (1,3%). Entre as indústrias em queda, as principais pressões negativas vêm da metalurgia básica (-1,3%), alimentos (-0,8%), bebidas (-6,8%), celulose e papel (-1,4%) e refino de petróleo e produção de álcool (-0,4%).
No primeiro semestre do ano, frente a igual período de 2003, o crescimento total da indústria foi de 7,7%, com 22 atividades apontando aumento na produção. A fabricação de veículos (26,1%) sustenta a liderança da atividade, em termos de impacto sobre o índice global. Outras contribuições positivas relevantes vieram de máquinas e equipamentos (16,2%), material eletrônico e de comunicações (35,4%) e outros produtos químicos (7,9%). Em sentido oposto, entre as cinco indústrias com queda, a que mais pressiona a taxa global continua sendo a farmacêutica (-5,9%), seguida por edição e impressão (-1%) e calçados e couros (-3,3%).
Em relação a junho de 2003 a produção industrial registra aumento de 13%, mantendo uma seqüência de 10 meses de taxas positivas. A magnitude desse resultado se explica, em grande parte, pela baixa base de comparação, já que a atividade caiu ao longo de todo primeiro semestre de 2003. Além disso, junho de 2004 teve um dia útil a mais que junho do ano passado. No entanto, a grande maioria (24) dos 27 setores pesquisados exibe índices positivos, sendo que veículos automotores (40,7%) se mantém como a indústria de maior impacto positivo na formação da taxa global, seguida por máquinas e equipamentos (31,3%), outros produtos químicos (17,4%) e alimentos (7,2%). As três atividades que mostram queda em relação a junho de 2003, por ordem de importância são: refino de petróleo e produção de álcool (-4,3%), farmacêutica (-4,6%) e bebidas (-1,1%).
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