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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu nesta terça, dia 6, sua versão sobre a falta de acordo com o Congresso. Para ele, a dificuldade é fruto da realização das eleições municipais em outubro.
– Se dependesse de mim tudo seria feito por acordo, tudo. É que de vez em quando tem eleição e os acordos ficam mais difíceis porque as pesssoas depositam todo seu interesse num período curto de eleição, daí às vezes atrasa – afirmou Lula em discurso nas comemorações do Dia Internacional do Cooperativismo.
Segundo o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), vice-líder do governo, o governo vai atrasar o quanto for necessário a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2005 até a oposição se conscientizar de que é preciso votar as matérias "importantes" para o país. Pelas regras, o recesso só pode ocorrer após a votação da LDO.
– Se nós não avançarmos na pauta nós não vamos votar a LDO. Não vamos passar recibo para quem faz obstrução – disse Albuquerque.
Ele explicou que não se cogita fazer sessões deliberativas neste período, o que caracteriza o chamado "recesso branco", em que o Congresso funciona, mas não há votações. O esforço concentrado termina na próxima sexta.
Já o deputado Renildo Calheiros, líder do PCdoB, afirmou que o governo tentará um acordo de procedimentos na Câmara, para que a oposição não obstrua as votações, mas possa manter seus discursos contrários.
Entre os projetos pendentes no Congresso considerados prioritários pelo governo estão as leis de falências e de biossegurança, as novas regras das agências reguladoras, as incorporações imobiliárias e a inovação tecnológica, além da emenda do trabalho escravo. As parcerias público-privadas (PPPs) devem ficar para o segundo semestre.
As informações são da agência Reuters.
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