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O Brasil é hoje menos suscetível a choques externos, o que faz com que sofra menos com o aperto monetário norte-americano. O comentário é do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, para quem a situação melhor do país abre espaço para que a banda prevista na meta de inflação de 2006 passe a ser menor.
Meirelles também espera que os investimentos estrangeiros diretos retornem de forma significativa ao Brasil.
– O Brasil enfrenta com tranqüilidade a mudança na política monetária dos Estados Unidos – disse Meirelles nessa segunda, dia 5, durante evento em São Paulo, depois do aumento do juro norte-americano em 0,25 ponto percentual na semana passada.
– Os fundamentos da economia brasileira possibilitaram ao Brasil passar por isso com tranqüilidade – acrescentou, citando os três trimestres consecutivos de avanço do Produto Interno Bruto (PIB) e os resultados da balança comercial.
Segundo ele, a proteção do país a choques externos permite que a banda da meta de inflação de 2006 volte a 2 pontos percentuais, frente aos 2,5 pontos para este e o próximo ano. Meirelles reiterou que o BC segue alerta sobre a inflação e que o país está em uma "transição suave'' para uma meta de 4%.
O alvo deste ano é de 5,5% e o de 2005, de 4,5%. Para 2006, a meta foi fixada também em 4,5 por cento, mas com intervalo de tolerância menor. O presidente do BC preferiu não comentar a inflação apurada em São Paulo em junho, de 0,92% – a maior desde fevereiro de 2003 – e a elevação das expectativas do mercado para o IPCA em 2004 para 7%.
Meirelles disse ainda que os investimentos estrangeiros estão ``prestes'' a retornar ao país de forma significativa.
– O Brasil agora está bem colocado e o nível de confiança na nossa economia é maior do que no passado. Tenho informação de um grande volume de investimentos que está sendo analisado – sustentou. – Foi normal um decréscimo do volume do investimento quando havia mudanças da política monetária norte-americana e incertezas sobre os novos patamares de equilíbrio dos ativos internacionais.
As informações são da agência Reuters.
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