O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou a Base Aérea de Brasília com destino à China na manhã desta sexta, dia 21, para uma viagem de 10 dias em busca oportunidades de negócios e com um amplo programa que visa a alargar as relações bilaterais entre os dois países.

Há apenas três anos a China importava pouco mais de US$ 1 bilhão em produtos brasileiros e estava em 12º lugar no ranking de países compradores. No ano passado o país tornou-se o terceiro principal destino de vendas do Brasil, com US$ 4,5 bilhões, ultrapassando parceiros tradicionais como Holanda e Alemanha, além de emparelhar com a Argentina.

O Brasil funciona como o celeiro de alimentos e matérias-primas para a China, pobre em recursos naturais. Na pauta de exportações para o gigante asiático no ano passado, 34,9% das vendas foram de soja e derivados, 16,9% de minério de ferro e subprodutos, 10,1% de aço, 5,9% de celulose e 5,7% de semimanufaturados de ferro e aço.

Um dos grandes desafios do Brasil é a diversificação das exportações para a China, atualmente muito concentradas. De acordo com análise do Ministério do Desenvolvimento, a perspectiva é de duplicação do atual número de itens exportados – de 777 para cerca de 1,6 mil – a curto prazo.

Viajam com Lula e sua esposa Marisa os ministros Celso Amorim (Relações Exteriores), Guido Mantega (Planejamento), Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento), Dilma Roussef (Minas e Energia), Roberto Rodrigues (Agricultura), Eduardo Campos (Ciência e Tecnologia), Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Walfrido Mares Guia (Turismo) e Antonio Palloci (Fazenda), além de Carlos Lessa, presidente do BNDES, Josê Eduardo Dutra, presidente da Petrobras, e José Amauri Dimárzio, que comanda a Embrapa. Também fazem parte da comitiva os governadores Geraldo Alkmin (PSDB-SP), Aécio Neves (PSDB-MG), Paulo Hartung (PSB-ES), Paulo Souto (PFL-BA), Wellington Dias (PT-PI)
 
Com informações de Zero Hora.