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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou, antes de viajar para a China nesta sexta, dia 21, que seja aberta uma ampla investigação de todos os contratos na área da Saúde durante seu governo, iniciado em 2003.
A Controladoria Geral da União abrirá inquérito para apurar se houve irregularidades nos processos de compra e licitação de medicamentos, limpeza e vigilância, assim como material para escritório, segundo informou a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde.
A medida se segue à prisão, na quarta-feira, de 14 pessoas pela Polícia Federal envolvidas em suposto esquema de fraude na compra de hemoderivados pelo ministério entre 1990 e 2002. Um dos presos é um funcionário de confiança do ministro Humberto Costa. O esquema pode chegar a R$ 2 bilhões. Humberto Costa decidiu, como medida preventiva, exonerar todos os funcionários ligados ao setor de compras e licitação.
No Rio de Janeiro, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, afirmou que haverá mais "desdobramentos" nas investigações em torno das fraudes encontradas no Ministério da Saúde.
– Qualquer envolvido vai pagar por isso. Doa a quem doer, pegue quem pegar. Queremos o Brasil com o mínimo de decência em termos de corrupção se é que se pode dizer isso'', disse o ministro.
Desde o ano passado, a Polícia Federal vinha investigando suspeitas de superfaturamento na compra dos hemoderivados – derivados de sangue usados no tratamento de hemofílicos – em uma operação batizada de Vampiro, que levou à prisão dos suspeitos.
– Isso fortalece o governo, que está colocando o dedo na ferida – disse o ministro.
Ele reconheceu, no entanto, que se a Justiça brasileira fosse um pouco mais ágil a quadrilha poderia ter sido desbaratada antes.
As informações são das agências Reuters e Brasil.
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