| 27/05/2001 18h40min
Uma doença que ataca o rebanho de suínos é a nova preocupação dos técnicos em vigilância sanitária em Santa Catarina. É a aujeszky (diz-se "aujésqui"), que pode vir a se tornar o próximo obstáculo às exportações da carne suína. Técnicos da secretaria e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Empraba) se reúnem na tarde desta segunda-feira em Concórdia, no Oeste catarinense, para estabelecer um plano de ação que permita a erradicação da doença no Estado. A estratégia é adiantar-se em relação ao mercado internacional, uma vez que a aujeszky está "na mira" e pode se tornar uma doença impeditiva a futuras negociações. Segundo o gerente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Osmar Bordignon, a doença se concentra no Oeste em função da maior quantidade do rebanho, especialmente nas cidades de Xavantina, Seara e Concórdia. Pouco contagiosa, mas de difícil erradicação, ocorre por transmissão sexual ou respiratória e se manifesta pela alta mortalidade dos leitões. Quando a enfermidade surge as ninhadas são menores e os leitões que nascem morrem rapidamente. Como a aftosa, a aujeszky nao atinge o ser humano, podendo, no entanto, causar um "desastre econômico" caso os compradores internacionais a vejam com as mesmas restrições. O chefe da Embrapa em Concórdia, Dirceu Talamini, afirma que Rússia, África do Sul e Uruguai já estariam colocando entraves à comercialização por causa da doença. Em Santa Catarina, a doença é antiga. Talamini diz que a primeira ocorrência foi registrada em 1930. Ela ocorreu também nos Estados vizinhos, mas Paraná e Rio Grande do Sul já a erradicaram. O plano que começa a ser traçado visa a aferir a incidência e as condições de erradicação num curto prazo, o que os técnicos consideram como algo em torno de dois a três anos.
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