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O senador Paulo Paim (PT) fez um discurso emocionado nessa quinta, dia 13, e chegou a chorar no final da sessão da comissão mista que analisa o salário mínimo. Defensor de um piso equivalente a US$ 100, o petista, afastado da Mesa da comissão pela liderança de seu partido, disse que não vai votar a favor do salário mínimo proposto pelo governo federal de R$ 260:
– Não vou fazer essa violência comigo mesmo – afirmou Paim.
A comissão não conseguiu votar ontem o relatório do deputado Rodrigo Maia (PFL-RJ) que propõe um reajuste para R$ 275. Com isso, a matéria será submetida ao plenário da Câmara, já que o prazo de tramitação na comissão terminou. No plenário, o governo vai apresentar um novo relator que defenderá o valor de R$ 260, previsto na medida provisória enviada ao Congresso.
Para impedir a votação do relatório da oposição, que dominava a comissão mista, o governo esvaziou a sessão. Dos 26 integrantes, apenas 13 assinaram presença. Eram necessários 14 parlamentares na comissão. Os líderes governistas também não querem que o parecer de Maia seja apreciado pelo plenário. Como não foi votado na comissão, argumentam que o relatório de Maia tem mais status de estudo técnico do que de parecer que possa ser submetido à votação.
As informações são do jornal Zero Hora.
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