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O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou variação de 0,66% em abril em Porto Alegre. O resultado representa desaceleração em relação a março, quando o IPCA na Capital gaúcha foi de 0,89%. Na média nacional o índice apresentou variação de 0,37%, percentual inferior ao mês anterior (0,47%), mantendo tendência de queda apresentada desde fevereiro (0,61%).
O índice acumulado no ano no país está em 2,23%, abaixo do percentual de 6,15% registrado em igual período de 2003. Nos últimos 12 meses o índice ficou em 5,26%, também abaixo do resultado dos 12 meses imediatamente anteriores, 5,89%. Em abril de 2003 a variação mensal havia sido de 0,97%.
A deflação dos alimentos (-0,34%) é atribuída, principalmente, ao aumento da oferta decorrente da comercialização da nova safra. A maioria dos preços cobrados em abril foi menor do que os de março, mês em que os alimentos haviam aumentado 0,43%. Os itens que apresentaram as maiores quedas foram tomate (-10,74%), feijão carioca (-2,81%), farinha de mandioca (-2,46%), arroz (-2,43%), frutas (-2,17%) e carnes (-1,88%). O óleo de soja, sob influência da quebra de safra e da alta no mercado internacional, ficou estável em abril (0,05%), depois da alta de 7,60% em março.
Também em decorrência da plena comercialização da nova safra agrícola o álcool combustível, com -4,20%, manteve seus preços em queda, porém menos acentuada do que a registrada em março, quando chegou a cair 12,87%. Já a gasolina, devido ao efeito da queda do álcool, ficou com -1,31%, resultado próximo ao de março (-1,41%).
Por outro lado, subiram 3% os preços dos remédios, refletindo parte do reajuste médio de 5,7% em vigor a partir de 31 de março, concedido para os produtos sob controle da Câmara de Regulamentação. Os remédios foram responsáveis por 0,12 ponto percentual do IPCA, a maior contribuição individual no mês. Dos demais itens em alta, destacam-se o gás de cozinha (de 1,51% para 2,35%), energia elétrica (de 0,01% para 1,21%) e artigos de vestuário (de 0,46% para 1,11%).
O maior índice regional foi registrado em Curitiba (0,72%) em razão, principalmente, das tarifas dos ônibus urbanos (7,69%), que ficaram 11,7% mais caras em 09 de abril, seguido por Belo Horizonte (0,67%) e Porto Alegre (0,66%). O menor índice foi registrado no Rio de Janeiro (0,06%).
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,73% em Porto Alegre, a quarta maior do país depois de Curitiba, Belo Horizonte e Goiânia. A média nacional foi de 0,41%. Em março a variação do índice na Capital gaúcha foi de 1,11%, e a nacional ficou em 0,57%. O único Estado que registrou deflação em abril foi o Rio de Janeiro, onde o INPC apresentou resultado 0,03% negativo.
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