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Regras orçamentárias menos rígidas do Fundo Monetário Internacional (FMI) – que permitam maior gasto por empresas estatais em projetos de infra-estrutura – impulsionarão as perspectivas de crescimento do Brasil. As declarações foram feitas pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci, nesta segunda, dia 26.
Um estudo do FMI publicado no último sábado, dia 24, reconheceu que os benefícios potenciais de tal medida contrabalançariam seus riscos. Palocci se disse feliz com os resultados do estudo, mas enfatizou que qualquer passo para implementar as novas regras ocorreria gradualmente.
– Vamos estabelecer projetos piloto no Brasil e em outros países, com foco em empresas estatais e alguns outros investimentos públicos de alto retorno. (...) Nós esperamos que qualquer mudança nesse sentido melhore nossas perspectivas de crescimento – afirmou Palocci a jornalistas antes de uma reunião no Conselho das Américas.
A idéia de revisar as regras fiscais de países em desenvolvimento foi levantada inicialmente por uma proposta conjunta de Brasil e Argentina. No mês passado, mais nove países latino-americanos, incluindo o México, deram apoio ao pedido. As mudanças propostas tirariam do cálculo do superávit primário investimentos em infra-estrutura das estatais.
Palocci deixou claro que a proposta não significa menor rigor na disciplina fiscal brasileira:
– Não queremos afrouxar nosso esforço fiscal. Pelo contrário, queremos reconhecer o valor dos investimentos que fortalecem o cenário orçamentário do Brasil.
O ministro preferiu não comentar qual seria o valor dos ganhos potenciais com as mudanças. Ele também não quis dizer qual seria o nível apropriado para o salário mínimo, e afirmou apenas que o "salário mínimo adequado é aquele que melhor supre as necessidades dos trabalhadores e melhor se adequa a um orçamento equilibrado do governo''
Com informações da agência Reuters.
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