O saldo da balança comercial brasileira caiu expressivamente na última semana em relação aos resultados que vinham sendo apresentados no ano. Seguno o governo informou nesta segunda, dia 19, os números das exportações e importações foram afetados pela operação-padrão promovida por fiscais da aduana.

A balança registrou um superávit de US$ 242 milhões na terceira semana de abril, que teve cinco dias úteis, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Na semana anterior, com quatro dias úteis, o saldo havia sido de US$ 468 milhões.

– Registre-se que o resultado das exportações e importações da terceira semana foi influenciado pela operação-padrão dos fiscais aduaneiros – notou o ministério em nota.

O governo destacou que a média das exportações na terceira semana de abril – de US$ 260,6 milhões – foi 23% inferior à média de US$ 338,3 milhões registradas nas duas primeiras semanas do mês.

No mesmo período de comparação, a média de importações caiu 12,4% – de US$ 242,3 milhões para US$ 212,2 milhões. O ministério do Desenvolvimento não esclareceu porque a queda das exportações foi maior do que a das importações.

Os fiscais da Receita Federal promoveram na última semana quatro dias de paralisações e de trabalho em regime de operação-padrão. A categoria reivindica equiparação salarial com o Ministério Público. Segundo o Unafisco, associação dos fiscais, a partir desta segunda, dia 19, foi dado início a mais quatro dias do movimento.

No ano, a balança comercial acumula um superávit de US$ 6,988 bilhões, acima do resultado de US$ 4,888 bilhões registrado no mesmo período de 2003. Em abril, o saldo positivo acumulado é de US$ 818 milhões.

Entre os dias 12 e 18 deste mês, as exportações somaram US$ 1,303 bilhão e as importações totalizaram US$ 1,061 bilhão. O mercado prevê, segundo sondagem semanal do Banco Central divulgada na manhã desta segunda, um superávit comercial de US$ 25 bilhões em 2004, acima do saldo recorde de US$ 24,8 bilhões do ano passado.

Com informações da agência Reuters.