O dólar comercial abriu esta segunda, dia 22, em alta de 0,34%, cotado a R$ 2,909 na compra e R$ 2,912 na venda. A política monetária do governo deve continuar na pauta de discussões do mercado financeiro nesta semana. O noticiário internacional também deverá ser monitorado, assim como os ruídos do cenário político brasileiro.

Na próxima quinta o Banco Central divulga a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O documento irá justificar os motivos que levaram os diretores do BC, em decisão por 6 votos a 3, a reduzir a taxa Selic em 0,25 ponto percentual (para 16,25% ao ano).

Além de justificar uma decisão considerada contrastante com o discurso do próprio BC, o documento pode sinalizar os próximos passos da política monetária. O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, disse na semana passada que era preciso esperar a ata do Copom antes de apostar na retomada efetiva dos cortes na taxa básica de juros.

A divulgação de índices de inflação também tem grande importância nesta semana, já que a estabilidade de preços é condição essencial para a redução dos juros. Na quarta  sai o IPCA-15, uma versão do IPCA calculada no intervalo entre 15 de fevereiro e 15 de março.

No mercado de câmbio, a previsão dos analistas é de estabilidade do dólar. A moeda americana vem conseguindo o equilíbrio nas últimas semanas, mesmo em meio a períodos de instabilidade. Sem captações externas, são as exportações que vêm garantindo essa estabilidade.

O cenário político pode voltar a trazer instabilidade aos mercados, devido ao caso envolvendo o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que chamou de ''vagabundo'' o colega Guido Mantega, do Planejamento.

Com informações da Globo Online.