| 17/03/2004 20h30min
A greve dos fiscais agropecuários federais está causando transtorno na fronteira de Santa Catarina com a Argentina, onde cerca de 200 caminhões estão parados na aduana de Dionísio Cerqueira. São seis funcionários do Ministério da Agricultura que não estão emitindo os certificados de sanidade. Com isso não entram e nem saem produtos de origem animal e vegetal.
Somente a Tropical Importação e Exportação está com 12 caminhões de frutas parados, devendo chegar a 30 até sexta, 19, caso os funcionários não voltem ao trabalho. O diretor da empresa, Luciano Vendramini, disse que não está conseguindo cumprir contratos de entrega de banana catarinense em supermercados da Argentina. Além disso, o produto está perdendo qualidade e corre o risco de estragar.
Além de frutas, outros produtos perecíveis como carne e cebola estão parados na fronteira. Vendramini disse que existem ainda alguns caminhões refrigerados, mas que a partir de agora a produção deverá ser paralisada, causando prejuízos também para os produtores.
As empresas importadoras devem entrar com uma ação judicial para solicitar o desembaraço das cargas, como fizeram as agroindústrias. A Justiça concedeu um mandado de segurança aos frigoríficos, que tinham contratos de exportação para cumprir.
De acordo com Carlinhos Marcon, que coordena o Serviço de Inspeção Federal no oeste de Santa Catarina, a maioria dos funcionários que trabalham nas agroindústrias voltou ao trabalho em função da determinação judicial. Com isso os abates prosseguem normalmente.
Só o serviço de certificação da sanidade é realizado em ritmo mais lento. Marcon disse que a categoria aguarda a negociação nacional, para decidir novas ações de pressão. Ele destacou que a categoria quer os mesmos direitos que as demais carreiras federais, além de melhores condições de trabalho.
Com informações do Diário Catarinense.
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