| 03/03/2004 12h20min
A taxa de desemprego em Porto Alegre fechou 2003 em 15,9%, contra 14,4% do ano anterior. Esse é o pior desempenho na capital gaúcha nos últimos quatro anos. O contingente de desempregados estimado no período foi de 108 mil pessoas. O resultado anual de emprego e desemprego de Porto Alegre foi apresentado nesta quarta, dia 3, em coletiva na Secretaria Municipal de Indústria e Comercio (Smic).
Houve redução nos postos de trabalho principalmente na indústria que fechou 4 mil vagas e nos serviços responsáveis por 3 mil vagas a menos. O único setor que apresentou desempenho positivo foi o comércio onde houve acréscimo de 3 mil pessoas. Por outro lado, os trabalhadores no setor de comércio aumentaram a jornada semanal em uma hora e tiveram redução de 10,7% na remuneração média.
O rendimento real médio decresceu 9,8% para os ocupados e de 7,7% para os assalariados. O rendimento dos ocupados ficou em R$ 998 e o salário médio ficou R$ 1.036.
O desemprego afetou de forma mais significativa as mulheres, os jovens com idade de 25 a 39 anos e as pessoas com posição de chefe no domicílio que residem. Tanto o desemprego aberto quanto o oculto apresentaram resultados negativos em 2003. O primeiro, relativo às pessoas que estão efetivamente em busca de trabalho, subiu de 9,7% para 11%. Já o desemprego oculto, referente às pessoas que pararam de procurar ocupação por desalento ou estão fazendo algum tipo de trabalho informal, teve pequena alta de 4,7% para 4,9%.
As boas notícias da pesquisa foram o crescimento entre os assalariados com carteira de trabalho assinada e a diminuição do tempo de procura por emprego, que caiu de 47 para 45 semanas em comparação com a média do ano anterior.
A pesquisa é feita em parceria pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), Fundação Gaúcha do Trabalho, Fundação de Economia e Estatística (FEE) e prefeitura.
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