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Políticos e ministros participaram na noite da última quarta, dia 18, de um jantar de apoio ao ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, que foi descrito como "indignado e triste'', segundo um dos participantes.
– Ele tem a exata dimensão do prejuízo que isso (o envolvimento com propina) traz ao governo e a ele – disse nesta quinta o líder do PT na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).
O deputado foi um dos presentes ao jantar de desagravo a Dirceu realizado na casa do presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP). Durante a conversa, segundo relato de Chinaglia, Dirceu quis deixar claro que continuava centrado nas ações prioritárias do governo.
Durante toda a quarta, o Planalto negou um possível afastamento de Dirceu. Desde a última sexta, dia 13, o governo vive momentos de tensão, quando circulou uma edição da revista Época trazendo a denúncia de que o ex-assessor do ministro Waldomiro Diniz pediu dinheiro
para si próprio e para a campanha eleitoral de três
governadores a um bicheiro nas eleições de 2002. Diniz foi exonerado e o caso entregue à Justiça e à Polícia Federal.
Waldomiro já tinha sido alvo de denúncias em meados do ano passado sobre envolvimento na exploração de bingo eletrônico e possível desvio de recursos da verba publicitária da Loterj, a loteria do Rio de Janeiro.
Dirceu reforçou no jantar que na época desta denúncia ele conversou com Waldomiro, que negou envolvimento. Waldomiro mandou carta à Corregedoria-Geral da União, ao Ministério Público e ao próprio Dirceu pedindo para ser investigado. Segundo os relatos, Waldomiro e Dirceu não receberam retorno dos órgãos. Dirceu teria dito ainda que no momento que o presidente determinar fará uma declaração à nação.
Além de Chinaglia e João Paulo, estavam presentes no jantar os ministros Aldo Rebelo (Coordenação Política), Eduardo Campos (Ciência e Tecnologia), Eunício Oliveira (Comunicações), o presidente do Congresso, José Sarney
(PMDB-AP), além dos deputados da base
aliada Valdemar Costa Neto (PL-SP), Roberto Jefferson (PTB-RJ) e José Borba (PMDB-PR).
Com informações da agência Reuters.
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